quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

1. Por que estudar Teologia?

“Tira as sandálias dos teus pés, porque este lugar em que estás é uma terra santa” (Ex 3,5)

Introdução
1. Todo saber tem seu mistério.
2. O estudo da teologia hoje navega por mares bravios, diferente dos tempos da cristandade.
3. O estudante é chamado a uma tarefa exigente: refazer esquemas e linguagens de forma que comunique hoje os conteúdos essenciais da fé.
4. Estudo marcado por 2 momentos:
1) estar no meio das pessoas ouvindo suas angústias e incompreensões;
2) estar no silêncio do quarto pensando o que foi dito, ouvido, rezado.
 1.1. O contexto teológico atual
1. Ela estabelece relação de vida com os leitores e estudantes.
2. A complexidade e as dificuldades da vida assinalam situações cada vez mais problemáticas para a fé do cristão. Sem avançar nos estudos de sua fé, ele se sentira cada vez menos capaz para dar conta desse novo contexto cultural.
3. O pluralismo apresenta-se para a teologia como chance e desafio: chance de se expor em diversos ambientes, atingir diferentes públicos; desafio a se comunicar com diferentes interesses sem trair sua fidelidade fundamental à revelação. (diálogo ecumênico, interreligioso, cultural)
4. Função da teologia: ajudar o cristão a se libertar dos entraves conceituais e tomar decisões corretas na prática pastoral.
5. O futuro da teologia e da pastoral vai depender de sua capacidade de criar novas formas de interação com seu contexto.
6. A teologia difere das outras ciências no sentido de querer ser mais companheira do que objeto a ser conhecido.
7. “Prefiro não refletir sobre a fé, para não perdê-la”.
8. Distância entre teologia e pastoral.
9. Teologia (theós+logía): etimologicamente significa “um discurso, uma palavra, uma ciência de ou sobre Deus”.
10. O ser humano quer compreender a sua fé. pela fé, ele lança porte intermédia que o liga a Deus. Não quer fazer qualquer estudo de Deus. Mas intenta aprofundar, justificar, esclarecer seu ato de fé nele. Portanto, a teologia define-se como reflexão crítica, sistemática sobre a intelecção de fé. E a fé termina em Deus e não nos enunciados a respeito de Deus.
11. 2 dimensões da fé: “fides qua”: ato de entrega livre à Palavra revelada e comunicada pela Igreja; “fides quae”: reconhecimento da força dessa Palavra e adesão de vida conforme ela orienta. Ou seja, sem fé não se faz teologia.

1.2. Teologia e pastoral: perspectivas distintas
Teologia e pastoral, duas grandezas distintas, põem-se a serviço da mesma causa: o processo evangelizador. Contudo, no curso de teologia, ambas as instâncias estão em contínua tensão. Cada uma delas apresenta natureza própria, disputando com a outra o tempo, o empenho e a energia do estudante.
I. Colaboração recíproca
Ambas se interpenetram e prestam ajuda recíproca. A teologia ilumina a pastoral, fornecendo conceitos e categorias que ajudam a fé a purificar-se de concepções ultrapassadas, insuficientes ou demasiadamente marcadas par ideologias que a condicionam de forma negativa. Fornece instrumental teórico que auxilia a compreensão e reinterpretação sempre atuais dos dados da fé. Ao mesmo tempo, mune a prática pastoral de chaves de intelecção que fornecem as condições para se ler, à luz da fé, qualquer realidade humana: o trabalho, o lazer, a sexualidade, a ecologia, etc.
A pastoral ilumina a teologia enquanto levanta perguntas que lhe possibilitam aprofundar a intelecção do dado revelado. Por exemplo: o compromisso e solidariedade com os pobres e oprimidos gera a pergunta sobre a repercussão social da automanifestação de Deus e a respectiva resposta humana. As questões culturais, levantadas pelos afro-americanos, interrogam a liturgia, a teologia das religiões, o conteúdo de outros tratados teológicos e até a forma de falar sobre Deus. Efeito semelhante tem o crescente protagonismo das mulheres, dos jovens, o engajamento de cristãos nos diferentes movimentos da igreja. A realidade, filtrada nas pastorais e movimentos, estimula a busca de novos instrumentais teológicos. Modelos de Igreja, mais condizentes com novos desafios de determinado contexto sociocultural, criam condições para emergência de novas "matrizes teológicas", com seus paradigmas correspondentes. Por fim, a prática pastoral, estendida à atuação sociopolítica que extrapola o âmbito eclesial, constitui um critério de verificação da pertinência de determinada reflexão teológica.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aula inaugural dia 18 de fevereiro de 2014

       
Teve início na noite da última terça-feira, 18 de fevereiro de 2014, a Escola Paroquial da Fé, Iniciada com a Celebraçao Eucarística.
160 pessoas se inscreveram e marcaram presença na aula inaugural. Trata-se de um projeto de formação permanente para leigos e agentes de pastoral organizado em sistema de módulos temáticos abordando temas sobre Teologia, Bíblia, Espiritualidade, Liturgia, Fé, Igreja... que serão alternados semestralmente. Este espaço de reflexão destina-se a ajudar as pessoas a conhecerem melhor os fundamentos da fé e da vida cristã.
“A complexidade do cenário religioso e as transformações sociais, inclusive com forte apelo a uma “cultura de morte”, estão a provocar situações novas e desafiantes à pastoral. Assim, a busca de um aprofundamento da fé surge da necessidade de lucidez em tal contexto. Exige-se do cristão maior preparo, antes de tudo, a respeito de sua própria fé. O apóstolo S. Pedro recomenda que os batizados devem “estar sempre prontos a dar razão da sua esperança a todo aquele que a pedir” (1Pd 3,15). O que significa ter fé? Porque cremos e onde está baseada a nossa fé católica? Em que, de fato, nós católicos cremos? Como devemos rezar e viver neste mundo?”, afirmou Pe. Edir justificando a motivação para esse projeto.

A Escola Paroquial da Fé tem como objetivos: 1) Ser instrumento de formação permanente para os católicos e, especialmente, as nossas lideranças de pastorais e movimentos; 1.1) Conhecer melhor as origens e os fundamentos de nossa fé e de nossa pertença à Igreja Católica, juntamente com um aprofundamento nas Sagradas Escrituras, Palavra de Deus, que é fonte de vida e oportunidade de nos aproximarmos mais do mistério divino revelado em Jesus Cristo; 1.2) Discutir as questões e buscar encontrar caminhos que respondam ao anseio manifestado muitas vezes por pessoas que, confrontadas com o grande volume de informações e afirmações sobre religião, fé e moral, nem sempre conseguem ter clareza sobre a própria fé católica.
“Nossa fé é um dom precioso de Deus, que só conseguimos apreciar e valorizar devidamente se o conhecermos melhor. A consciência das origens e dos fundamentos de nossa fé e de nossa pertença à Igreja Católica nos faz reencontrar a alegria de sermos cristãos. É importante dar-nos conta de que não estamos sozinhos na nossa fé: cremos com os apóstolos, os mártires, os santos e servidores do povo de Deus do passado e do presente, com o Papa e os Bispos, com tantos irmãos espalhados pelo mundo inteiro, no passado e no presente. É graça de Deus crer com toda a Igreja e como a Igreja crê”, finalizou o Pe. Edir.




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

COMEÇA dia 18 de FEVEREIRO


Terá início a Escola Paroquial da Fé, dia 18 de fevereiro de 2014, às 19h30, na Matriz de São João Batista.
Venha participar conosco também da Celebração Eucarística às 19h.

Não perca tempo, faça sua inscrição e participe. Você quer conhecer melhor a sua fé? Essa é a oportunidade.

Esse é um espaço de formação destinado aos agentes  de pastoral da Paróquia, mas também a todas as pessoas interessadas em aprofundar seus conhecimentos nos estudos bíblicos, nas questões da fé, na organização da nossa Igreja, para participarmos melhor e mais ativamente!

Daremos início aos encontros formativos com três seminários consecutivos: dias 18, 19 e 20 de fevereiro de 19h30 às 21h, onde trataremos das questões introdutórias do nosso estudo.

Posteriormente, continuaremos toda quinta-feira no mesmo horário (19h30 às 21h), alternando os temas de introdução à bíblia e dos ministérios leigos. Estas 2 temáticas ocuparão nossa atenção nesse 1º semestre.

Bem-vindo, a Escola da Fé é para você que quer crescer!